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Extensão

Um dos objetivos do nosso laboratório tem sido compartilhar os resultados de suas pesquisas com agentes da rede pública de ensino do Distrito Federal. Uma equipe multidisciplinar composta por professores da UnB, professores da Secretaria de Educação do DF e estudantes (da graduação ao pós-doutorado) tem se dedicado a desenvolver pesquisas sobre transformações econômicas, reconhecimento e preservação de patrimônios culturais e sobre a construção da cidadania e respeito aos direitos humanos. 

As práticas de extensão desenvolvidas pela nossa equipe foram desencadeadas por demandas de difusão de conhecimento apresentadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Seu financiamento ao projeto “O governo da e pela Kultura” criou oportunidade para construção de vínculos entre o LEEG e a Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação - EAPE.

A partir dessa articulação, os resultados das pesquisas realizadas no LEEG, materializados em monografias de graduação, dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros e artigos científicos, passaram a ser difundidos em algumas escolas do DF por meio de palestras, exposições fotográficas, visitas à UnB e atividades nas semanas universitárias da UnB, ampliando o diálogo entre a universidade e a comunidade. 

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A fim de potencializar as trocas entre universidade e comunidade, alguns integrantes do nosso laboratório se engajaram na publicação do livro fotográfico “Ba né’ebé? Percursos visuais em Timor-Leste”, em 2019. O livro foi elaborado para ser distribuído junto a escolas da rede pública de ensino do DF como material de apoio didático. Recentemente, transformamos os ensaios impressos em ensaios digitais, que podem ser acessados em:

Entre outras coisas, o livro busca retratar diferentes facetas da reconstrução da vida por populações que atravessaram um contexto de pós-conflito armado, situação desconhecida por grande parte dos cidadãos brasileiros.

Reforçamos a nossa convicção de que essa parceria pode estreitar laços entre a educação básica e o ensino superior, bem como incentivar e/ou ampliar questionamentos inspirados pela Antropologia por estudantes de todas as séries do ensino fundamental e médio.

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Histórico das parcerias entre o LEEG e a Secretaria de Educação do DF

O LEEG  iniciou suas atividades de extensão na/com as escolas públicas de educação do DF em 2016, durante a Semana Universitária, com a  mostra fotográfica e cultural “Timor-Leste em Foco: olhares sobre diversidades e perspectivas etnográficas”. Em sua primeira edição, a mostra apresentou à comunidade universitária e a estudantes da rede pública de ensino algumas das produções dos pesquisadores, professores e estudantes de graduação e de pós-graduação da UnB vinculados ao Laboratório, combinando seus registros etnográficos e reflexões acadêmicas aos artefatos que sintetizam preceitos culturais e formas de organização da sociedade próprias das populações leste-timorenses.  

Desde então, o Laboratório tem ofertado uma série de  atividades nas/com/para unidades escolares da rede pública do DF. Antes da pandemia, os membros do grupo ofereceram oficinas, palestras e mostras de fotografias nas escolas. Destacamos, também, que algumas atividades ocorreram nas repartições da  UnB, como  palestras e  exibição de filmes. No período da pandemia, as atividades continuaram, mas de forma remota, por meio de conversas e debates transmitidos ao vivo, com participantes não só do DF, mas de todo o país. Os registros dessas atividades estão disponíveis no YouTube, nos seguintes endereços:

Em suas ações junto às escolas da rede pública de educação do DF, o LEEG procura oferecer insumos para contribuir na implementação crítica e ativa do Currículo em Movimento da SEE-DF.  A organização das atividades pedagógicas no Distrito Federal baseia-se, especialmente, em duas orientações normativas: o Currículo em Movimento da Secretaria de Educação do Distrito Federal e a Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Esses documentos apresentam concepções político-pedagógicas para a prática docente, orientando temáticas e conteúdos a serem trabalhados transversalmente. Ainda que ambas as normativas se refiram a todas as etapas da educação básica, composta pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, o foco de nossas atividades é o ensino médio. É nessa etapa em que se lecionam conteúdos referentes às Ciências Sociais — Sociologia e Antropologia — dentro da grande área de ciências humanas, a qual engloba ainda a Filosofia, a História e a Geografia.

Historicamente, nosso formato de escola é excludente e não contempla as narrativas de negros, mulheres, crianças, comunidades quilombolas, indígenas e países periferícos do continente asiático e africano. Em termos teóricos, o Currículo em Movimento da SE-DF é orientado pela  Pedagogia histórico-crítica e a Psicologia histórico-cultural. O  Currículo em Movimento questiona a hegemonia de certos saberes sobre outros e, com a ideia de eixos transversais, traz ao cenário perspectivas, modos de pensar, ser e agir por vezes desconsiderados na escola e na sociedade circundante. 

Os eixos transversais do Currículo em Movimento são princípios epistemológicos que favorecem a organização integrada de temáticas e narrativas historicamente abordadas de forma marginalizadas e/ou estanques (Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos e Educação para a Sustentabilidade).  Nesse sentido, as ações do LEEG junto às escolas não só coadunam com a perspectiva de Currículo da Secretaria de Educação como também contribuem para a edificação de práticas pedagógicas diversas e interculturais.

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Em 2022, com a retomada das aulas presenciais nas escolas públicas, propusemos a realização de duas atividades: Mostra Itinerante Timor-Leste em Foco e Ciclos de debates Aprendendo com Timor-Leste. Pesquisadoras do grupo desenvolveram ações tanto em escolas públicas quanto na Escola de Formação dos profissionais de educação (EAPE). Essas ações se diferenciam das anteriores, uma vez que pretenderam levar as pesquisadoras para as escolas não só para as palestras e exposições, mas também para acompanhar as aulas. Como produto final dessa etapa do projeto, realizamos um concurso de redação entre os estudantes.  As redações vencedoras do concurso estão publicadas abaixo: