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O LEEG hoje

O LEEG objetiva produzir conhecimentos sobre as múltiplas dinâmicas que estruturam a produção  e reprodução de pessoas, serviços e coisas, em perspectiva etnográfica, multiescalar e comparativa, particularmente em contextos onde relações locais se produzam nitidamente.

Denominamos economia o conjunto e as articulações de modos de produção, troca, distribuição e consumo pelos quais populações e instituições garantem sua reprodução mediante a reposição de pessoas e coisas. 

Por globalização entendemos o aumento historicamente experimentado da influência e do imbricamento de redes de locais diferentes, as quais têm incrementado, quantitativa e qualitativamente, a complexidade das suas trocas (culturais, sociais, econômicas e políticas). Esse fenômeno também é entendido como reflexo da intensificação da compressão do tempo-espaço. Alguns cenários privilegiados para observar e (re)interpretar estas dinâmicas envolvem diferentes agentes/agências, aparatos, territórios, inter-relações e conflitos relacionados ao “desenvolvimento”, isto é, formas de expansão e transformação do capitalismo contemporâneo. Outros cenários remetem à inovação tecnológica de ponta e à reprodução da infraestrutura da economia capitalista, sob a hegemonia do capitalismo eletrônico-informático. Consideramos também outras formas de construir e exercer poder político e econômico como aquelas vinculadas à reprodução do capitalismo financeiro global e ao transnacionalismo contemporâneo. Estudos de migração, de discursos globais (como o do antropoceno e do aquecimento global), de elites vinculadas à governança global e orientadas por representações cosmopolitas e transnacionais também fazem parte do amplo espectro de interesse do nosso grupo.

Adotamos também uma perspectiva crítica a metanarrativas de dominância do capitalismo e da sociedade de e para o mercado, como nos ensinou Karl Polanyi, J. K. Gibson-Graham e tantos outros. A compreensão etnográfica das configurações organizacionais e morais plasmadas por práticas de governo em prol de economias de mercado deve presumir que o que se impõem por meio delas são capitalismo e formações econômicas variantes no tempo e no espaço. Nesse contexto, economias de mercado e capitalismos são, antes de tudo, efeitos; ou seja, estão imbuídos de traços singulares que são frutos de negociações com dinâmicas de reprodução social locais.

O holismo metodológico que caracteriza a epistemologia antropológica implica reconhecer também que o que chamamos de economia é um efeito de ansiedades de separação e purificação que se conformam de maneira particular em diferentes lugares. Desse modo, interessa-nos compreender as dinâmicas sociais, políticas e cosmológicas que têm permitido a emergência e a reprodução de arranjos econômicos singulares, assim como de diversos cenários e processos de globalização.

Os investigadores que compõem a equipe do laboratório trabalham em três grandes frentes de pesquisa:

1. Etnografias de regimes econômicos não-hegemônicos (não-capitalistas);

2. Etnografias da expansão e transformações do capitalismo, como um regime de produção e da sociedade de mercado que o acompanha;

3. Etnografias das imbricações e coabitações destes regimes em ecologias econômicas singulares, dos seus agentes/agências, ideologias/utopias e territórios relacionadas às diversas formas de globalização.
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Atividades

O LEEG realiza encontros uma vez ao mês, online e/ou nas dependências do DAN. Nessas ocasiões, discutimos trabalhos produzidos pelos nossos pesquisadores, assim como obras clássicas, de interesse coletivo ou de publicação recente que sirvam como fonte de inspiração para continuidade das investigações abrigadas no laboratório.

Abrigamos também uma série de projetos de pesquisa e realizamos atividades de difusão científica junto a escolas do Distrito Federal.

Para os próximos anos de atividade, planejamos aumentar o diálogo com colegas vinculados ao Departamento de Economia da UnB, assim como com outros centros de pesquisa sobre economia e globalização na Antropologia e fora dela, no Brasil e no exterior.